A relação entre fé e saúde

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São muitas as formas como a fé se entrelaça com a minha saúde. Todos os dias após acordar, dedico 30 minutos para fazer minhas orações. Costumo dizer que eu converso com um “time” espiritual, porque não tenho apenas uma crença. O que eu gosto é de papear com “aqueles” de quem me sinto próxima, seja Deus ou Iemanjá, como se estivesse falando com a minha própria família.

É este ritual matinal que me traz serenidade e autoconfiança para começar meu dia. É ele também que me ajuda diante de situações desgastantes. Com a oração, me sinto menos suscetível ao estresse e à ansiedade dos imprevistos.

A fé também me ajuda a conquistar objetivos. Sempre que traço uma nova meta, anoto em um papel e faço visualizações. Já ouvi até médicos defendendo esta prática. Seja lá qual for a explicação por trás disso, o fato é que eu já tive muitas provas de que ela funciona.

Foi, inclusive, a minha fé no desconhecido que me aproximou do universo da saúde. Abriu minha mente para novas possibilidades de cuidados comigo mesma e despertou minha paixão por estudar nosso incrível corpo humano.

A fé faz com que eu sinta vontade de buscar o melhor para mim, de cuidar do meu corpo com todo o amor e carinho, e de ajudar os outros a fazerem o mesmo.

Benefícios da fé, segundo a ciência

E a ciência concorda com isso. São vários os estudos e pesquisas que analisam a relação entre a crença religiosa e o exercício da fé com o ganho de saúde em pacientes doentes, além de melhora no bem-estar de seus familiares.

Um estudo de 2008, por exemplo, analisou 20 pacientes idosos com câncer no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e apontou que a fé religiosa resultou em esperança, equilíbrio e fortalecimento para os entrevistados, propiciando a luta pela vida e a serenidade para aceitar a doença. Para estes pacientes, concluiu a pesquisa, a fé e o tratamento aparecem como parceiros íntimos e a sinergia é positiva para o enfrentamento da doença.¹

Em outro trabalho, este feito com 15 pessoas com Esclerose Múltipla, em 2016, os pesquisadores não apenas concluíram que a fé contribuiu para promover a saúde dos doentes, como recomendaram que profissionais de saúde criem condições necessárias aos pacientes para a prática de meditação, oração ou quaisquer outras práticas de expressão espiritual que tenham como fim último a promoção da fé, respeitando as crenças específicas de cada um.²

Mesmo em pessoas saudáveis, há evidências de que práticas como oração e meditação são capazes de “treinar” o cérebro para encarar situações ruins de forma menos ansiosa. O simples fato de acreditar em Deus poderia causar este efeito, ainda que estes benefícios não sejam restritos a nenhuma religião específica.³

E você, vê relação entre sua saúde e a fé?

Beijos!

Referências:

¹Significado da intervenção médica e da fé religiosa para o paciente idoso com câncer –
https://www.scielosp.org/article/csc/2008.v13n4/1247-1256/

²O papel da fé na promoção da saúde em pacientes com Esclerose Múltipla – https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/45482

³O “Ponto de Deus” no cérebro: o que se sabe da ação da fé na mente e na sensação de estar bem – https://www.tasaudavel.com.br/bem-estar/o-que-e-o-ponto-de-deus-no-cerebro