Com o aumento da expectativa de vida, muitos profissionais da saúde têm se voltado aos tratamentos hormonais para garantir mais vitalidade e bem-estar às pessoas na velhice.
Sem hormônios, seria impossível viver. Estas substâncias produzidas naturalmente pelo nosso corpo são responsáveis pelo funcionamento básico de inúmeras funções, como o crescimento, a reprodução, a construção de músculos, a regulação dos batimentos cardíacos e outras.
Conforme envelhecemos, a produção de alguns hormônios diminui – e é aí que entram os tratamentos de reposição hormonal. Porém, isso deve ser feito com responsabilidade e levando em consideração a saúde integral do paciente.
“Para um médico interferir em um processo que é natural como o envelhecimento, deve ter muita certeza de que a reposição de determinado hormônio vai fazer mais bem do que mal para o paciente”, afirma Rodrigo Moreira, presidente da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), em entrevista ao portal UOL.
Isso porque a reposição hormonal pode melhorar uma queixa ao mesmo tempo em que gera efeitos adversos. Analisar o custo-benefício desta intervenção para a saúde geral do paciente é o que um médico bem preparado deve fazer.
Tipos de reposição hormonal
Segundo definição do Oncoguia, hormônios sintéticos – também chamados de similares – são preparações quimicamente idênticas aos hormônios produzidos pelo corpo. Eles podem ser de origem animal, de plantas ou sintéticas. Geralmente, são encontrados nos medicamentos comerciais, vendidos em doses padrão nas farmácias.
Já os hormônios bioidênticos são substâncias com exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. Eles são bastante encontrados em fórmulas manipuladas, porém também são comercializados como remédios farmacológicos.
O grande diferencial dos bioidênticos seria a possibilidade de personalização da dose. Porém, a Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos adverte que tal customização é praticamente impossível de ser alcançada, uma vez que é muito difícil medir e regular os níveis de hormônio no sangue devido às variações fisiológicas.
Assim, mais importante que o tipo de hormônio usado é o cuidado e a responsabilidade do médico na prescrição do tratamento, que deve levar em consideração os ônus e bônus de cada opção na saúde geral do paciente, ou ainda a possibilidade de combinar soluções.
Vale lembrar que hormônios bioidênticos não são naturais, como alguns defendem. Eles também são produzidos de forma artificial, embora possam ser desenvolvidos de forma mais artesanal. Outro cuidado deve ser observar, ou questionar o médico, sobre o controle pelos órgãos de vigilância sanitária, uma vez que alguns hormônios manipulados não possuem esta chancela.
Busque um profissional de confiança para o seu tratamento e nunca pratique a automedicação baseado no que funcionou para outra pessoa: todo tratamento deve ser personalizado e contar com acompanhamento médico.
Fontes:
https://www.endocrino.org.br/hormonios-bioidenticos/
https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/ageless/2022/09/16/bioidenticos-ou-sinteticos-o-que-voce-precisa-saber-sobre-hormonios.htm
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/hormonios-sinteticos-x-menopausa/8334/971/
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/07/24/cinco-hormonios-que-reduzem-conforme-envelhecemos.htm
https://dranatachamachado.com.br/hormonios-sinteticos-e-bioidenticos-saiba-qual-a-diferenca-entre-eles/